domingo, 17 de abril de 2011

Como levar um fora em três lições!

Já faz um tempo que fiz um texto chamado “Exorcize a dor de cotovelo”. Tenho essa mania de querer resolver a dor alheia, como se fosse possível saber o que o outro está sentindo e como se sobrepor (rapidamente) às perdas que a vida se lhe impõe. Frequentemente, encontramos em revistas de comportamento (impressas e digitais) dicas variadas para enfrentar a tão fatídica dor de cotovelo, consequência de um famigerado pontapé no traseiro que, se não põe a pessoa por terra, ao menos, estremece a sua auto-estima por tempo indeterminado. Então, invertendo a minha ordem de pensamento, resolvi racionalizar sobre as causas que motivam uma pessoa a arremessar o (a) parceiro(a) para a frente, sem dó nem piedade.

Levar um passa-fora pode ser uma experiência muito saudável se considerarmos que a vida continua e haverá outros relacionamentos que, pela similaridade comportamental, também terão percalços e tempo ruim. O que nunca paramos para pensar é se estamos no caminho certo, pois, muito mais do que olhar a satisfação do outro, preocupamo-nos com o nosso bem-estar. Também, alie-se a esse fato, as dicotominas de personalidade, o desequilíbrio intelectual e a falta de sintonia nas aspirações. Então, veja aqui, as três lições que o(a) levarão a ser excluído(a) da vida do(a) parceiro(a).

1. Seja reclamão(ona) e exclusivista - nada mais entediante do que uma pessoa que reclama de tudo, seja dos amigos, dos ambientes que frequenta ou da vida como um todo. É preciso adaptar-se a determinadas situações, mesmo que algo esteja indo na contramão das expectativas. Quando estamos acompanhados, é preciso priorizar o conjunto e não o individual. Protestos em excesso desgastam a relação, assim como exigir exclusividade, como se fosse proprietário(a) da pessoa. Ninguém tolera essas atitudes. Levar um pé na bunda é questão de tempo.

2. Seja egocêntrico(a) e autoritário(a) - quem só consegue enxergar a si mesmo física e psicologicamente jamais terá um relacionamento completo. Ao outro sempre faltará a reciprocidade necessária para que as coisas fluam harmoniosamente. Se você tem talento, é habilidoso(a), inteligente e bonito(a), certamente, a outra pessoa também possui características que a distingue das demais. Olhar só para si como se fosse o único ser passível de admiração, dentro de algum tempo, passará a ser repelido pelo narcisismo e pela falta de educação. Aliás, essa repulsa também vale para quem é mandão(ona) e só faz valer a sua vontade.

3. Seja submisso(a) e ingênuo(a) - ao contrário de quem se acha demais para o outro, é a pessoa que se considera inferior. Esta, sem dúvida, acabará sendo dispensada por não atender ao quesito mínimo: valorizar-se. Todos sabemos que a auto-estima precisa estar sempre em alta para que possamos ser admirados e conviver na mesma frequência do(a) parceiro(a). Engrandecer o outro em detrimento de si mesmo(a) é como assinar a sentença do chute. Estar num nível abaixo para se manter é o mesmo que ser ingênuo e não querer enxergar o óbvio. Submissão e ingenuidade não combinam com relacionamento amoroso.

Isso é fato, tem gente que adora se sacanear e colocar tudo a perder por insegurança, falta de atitude ou excesso de autoconfiança. Equilíbrio é indispensável a quem escolhe uma vida a dois. Carência, mau humor e pegação no pé também são colaboradores fantásticos para levar um fora, sem possibilidade de retorno. Ninguém pense que sustentar-se numa relação é fácil. Espontaneidade não é sinônimo de egoísmo. Soltar todos os bichos, manias, vontades (e ainda querer ser admirado por isso) é condenar o envolvimento amoroso ao fracasso. E se você disser que ainda opta pela egolatria, seus dias a dois estão contados.

Por Afrodite para maiores

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